quinta-feira, 29 de abril de 2010

.dia normal

Mais um dia cinza em Curitiba, um dia normal como tantos outros. Um pouco de frio, uma blusa de lã, casaco, guarda chuva. Tudo pronto às 9h da manhã pra mais um dia de trabalho (detalhe que eu entro 8:30h). Saio de casa com aquele sol que não aquece nada e aquele frio cortando o rosto (típico desta cidade). No caminho entre a minha casa e a Praça da Espanha sempre vejo as pessoas pela rua e começo a notar alguma coisa nelas. Elas passam por mim e sempre tento imaginar se elas estão felizes, quais são suas angústias, onde trabalham. Às vezes coisas superficiais e em outras mais sérias. Às vezes me sinto melhor do que elas e em outras pior. Quando estou feliz olho as pessoas e queria que elas soubessem o quanto é grande este momento, porém quando estou triste tenho inveja das pessoas que passam sorrindo como se tivessem em êxtase de felicidade. Em uma caminhada que leva em torno de 15 minutos me sinto tão perto destas pessoas mesmo sem conhecê-las. A simples observação de como é o ritmo, a expressão facial, a roupa e até mesmo o físico me fazem tirar conclusões de como essas pessoas vivem e o que sentem. Isto me proporciona várias sensações que elas nunca imaginariam. Uma mania que acabou virando diversão sem eu ter notado. Um ótimo exercício de autoconhecimento em uma simples caminhada. E isto me faz ter algum tipo de relação com estas pessoas. A minha dúvida é se ao mesmo tempo em que eu faço isso estas pessoas também não fazem olhando para mim. Será que eu transmito o que realmente quero transmitir? Será que somos transparentes em nossos sentimentos quando não estamos sendo questionados? E alguém mais faz isso ou é um simples devaneio da minha cabeça? Isso também não importa, o que interessa é que eu vou continuar observando as pessoas!

terça-feira, 27 de abril de 2010

.mulheres

Eu não agüentei e tive que fazer um post muito polêmico. Depois de religião, futebol e política, falar de mulheres talvez seja o quarto assunto mais polêmico que podemos discutir.
As razões pata tal post é a minha convivência, experiência e conselhos ao longo destes 27 anos.

Falar de mulheres pode parecer um assunto muito complicado, mas a minha tentativa é tentar desmistificar um pouco toda esta história. Dizem que as mulheres são seres incompreensíveis e totalmente instáveis.

Mulheres são julgadas por suas reações e emoções diante de algumas situações. Por causa de algumas atitudes exaltadas (popularmente conhecidas como “tempestades em copos dágua”). Muitas pessoas, na maioria homens, não conseguem entender estas atitudes. Às vezes são tão diferentes umas das outras que acabam gerando esta idéia de extremos. Pensando bem, por que elas agem dessa forma? Alguém conhece alguma mulher que não seja extremista? Elas amam com toda força, (e odeiam também), fazem tudo com amor e são extremamente detalhistas. Este extremismo acaba causando todo este mito de que elas são instáveis. Sofrem com a angústia dos acontecimentos, não têm paciência com o tempo. Já experimentou dizer para alguma que o tempo é o melhor remédio? Elas escutam, aceitam e isso nem sempre significa que concordam. Se o tempo girasse como elas desejam tudo seria mais rápido, fácil e indolor. Seria como tirar o esmalte da unha porque ela não gostou da cor. E a TPM? Esse sim é tabu. Qualquer coisa que saia do controle é culpa da coitada. Em alguns casos é verdade mesmo, a TPM tem o dom de modificar uma mulher. De transformar uma donzela em um dragão. Mas tem justificativa, afinal sofrer com cólicas e ainda não ser compreendida por isso deve ser realmente estressante.

Mas a parte mais difícil para se falar de uma mulher é o relacionamento. Tantas sofrem por causa disso. Na maioria das vezes elas acabam sofrendo sozinhas. Culpa do medo, insegurança, traumas, dentre outras várias razões. Mas será que algum homem já notou que as mulheres sempre procuram basicamente as mesmas coisas? Elas querem se sentir seguras, amadas, receber elogios, serem notadas e o que acho mais importante, as mulheres querem ser ouvidas. Elas querem falar de qualquer coisa mesmo que não entendam nada sobre o assunto. Querem que o ouvinte esteja atento a elas, mesmo que estejam reclamando do corte que o cabeleireiro fez na vizinha de cadeira e que ela achou horrível. Elas querem poder dizer o que sentem, o que as faz sofrer e na maioria das vezes demonstrarem se estão felizes ou não. A sensação de estarem sendo ignoradas só aumenta a insegurança. Por isso que elas acabam tendo atitudes tão extremas. Se você não ouvir nunca conseguirá entender o porquê. Lógico que não é simplesmente falando e ouvindo que todos os problemas estarão resolvidos. Certas ocasiões necessitam de outras atitudes para que sejam resolvidas. Mas no geral o que todas precisam exercitar é a serenidade. Isto sim trará um pouco mais de tranqüilidade para as decisões. Cuidar de si mesma, aprender a se gostar. Depois disso é partir pra guerra novamente

Outra coisa que ouço dizer é sobre a famosa mania que as mulheres têm de não decidirem o que querem fazer (famoso “c* doce”). Mulheres quando se relacionam (na maioria dos casos) levam o relacionamento a sério. Cada pretendente pode mesmo vir a ser o futuro marido. Por isso elas às vezes pensam bastante e em outras ocasiões nem tanto. Nem todas as mulheres saem fazendo test drive em todo mundo que encontram. Algumas necessitam ser conquistadas, daquele pouco mais que elas sabem que pode ser feito. Nesses casos o mais correto é agir da forma que a situação exige. Seja avançar o sinal, desistir ou simplesmente conquistá-la e, então esse problema não será mais delas, mas passará a ser de quem será possível candidato ou não.

E que tal a reciprocidade (famoso “ele não me ligou”). Tem mulheres que acham que este é sinal de que não vai dar certo, ele não gosta de mim, o que eu fiz de errado? Às vezes a pessoa não está afim mesmo, não está preparada ou simplesmente tem um tempo diferente. Qual a média de tempo que se espera pelo retorno da ligação? 1 hora, um dia ou uma semana? Isso vai de acordo com a intensidade em que a mulher deseja receber retorno. E se ele não liga? Porque as mulheres não ligam de volta? Essa eu queria ouvir delas mesmas.

Ele não ligou, não fala mais comigo e não se decide (famoso “e agora?”). Mulheres quando chegam nesta fase vão enlouquecer ou saem ilesas. Na maioria das vezes enlouquecem. Vem a solidão, depressão, e a auto-estima vai ao chão. Existe sempre aquela sensação de algo errado acontecendo com elas. Em seguida vem a culpa. Dias em prantos e bate uma sensação de estarem sendo feitas de bobas. Bate aquela vontade de comer um pote de sorvete ou de sair e encher a cara. Ficam loucas e, então vem a ressaca moral e a realidade, caem aos prantos novamente. E um dia independente desta sucessão de fatos. Elas acordam e aquela pessoa sumiu. Partem para outra e a história pode se repetir. E mais uma vez no e agora? Agora pergunto eu! O que fazer? Infelizmente eu não sei essa resposta, mas vamos nos basear nas tentativas de erros e acertos e quem sabe uma hora dá certo não é?

Um assunto comum que tratei também com algumas mulheres ao longo do tempo é a escolha de seus parceiros (famoso “dedo podre”). Este assunto é recorrente, pois é normal essa pergunta. É capaz mesmo que alguma mulher tenha mesmo o dedo podre? Ou será que elas preferem os cafajestes? Isso eu ainda não consegui descobrir. Acho que vale um estudo para poder comparar. O problema é por onde eu começo.

Se este post tiver sentido voltarei a escrever sobre esse assunto, mas se ele não tiver nenhum sentido, prometo nunca mais escrever sobre isso! Para isso preciso que as mulheres me digam se identificaram-se ou não com o texto acima. Alguém pode me ajudar?

domingo, 25 de abril de 2010

.voltei e voltei para ficar!

Criei este blog há uns dois anos atrás. Gostava de escrever algumas coisas, geralmente tristes e dispensáveis, e decidi compartilhá-las. Foi um ato de pura empolgação. Escrevi apenas um post ridículo de inauguração e que ainda rendeu um comentário. Acho que muito mais pela curiosidade de uma amiga que clicou no link do blog no orkut. Passados estes dois anos eu decidi voltar e escrever o que eu penso sobre algumas coisas. Não garanto bons resultados, mas o que interessa não é? Até garota de programa tem Best-seller neste país.
Há pouco tempo atrás eu me dizia contra as mídias sociais e contra o hábito de comunicar tudo o que acontece na sua vida ("nem tudo") em algumas destas ferramentas (twitter). Porém, duas semanas após criar o meu endereço (@rcs1908) percebi que este tipo de interação pode ser realmente divertida. Ainda tenho certos receios sobre o que escrever, penso mais do que escrevo na verdade, mas tem horas que a vontade de falar (escrever) é tamanha que acaba saindo algumas barbaridades. Descobri por lá também que algumas pessoas que eu admirava e achava totalmente cool não passam de pessoas sem graça, prepotentes e arrogantes. Lógico que algumas vezes é necessário ter este tipo de postura, afinal a inclusão digital trouxe muita gente ignorante para as redes sociais. Agora sim já serei alvo de críticas. Eu cheguei a esta conclusão não simplesmente por achismo, mas sim por pura observação. Algumas delas são ignorantes por falta de acesso a informações e outras porque é mais fácil mesmo. Isso me lembra muito o Flamengo e o Corinthians. Duas torcidas que juntas formam uma nação, e têm uma imagem que não foi invenção de ninguém, e sim o retrato de suas próprias realidades. Mas, isso não vem ao caso. As mídias sociais têm me provocado vários sentimentos e sensações. E a cada dia me sinto mais velho, rabugento e averso a pessoas. Ao mesmo tempo descubro que muitas coisas que eu achava que sabia sobre o ser humano podem não ser verdade. Enfim, dois anos mais velhos e com um blog ativo (pelo menos até o próximo post) eu me sinto uma pessoa totalmente diferente. Mais maduro, consciente, paciente e sereno. Ou não!